sábado, 19 de julho de 2014

Eu voltei... que saudade de escrever!

Oi Pessoal!

Voltei. Um ano de jejum. Oh God! How could I do it?! Um ano sem escrever no blog, mas agora eu voltei. Foi um ano tentando conciliar demandas de trabalho, saúde, mestrado e ensino... As coisas ainda estão se arrumando, mas preciso voltar a escrever. Preciso voltar a escrever sobre o que eu amo; sobre O.P.

Então, para ajudar a esquentar as turbinas, lanço o questionamento: Sobre o que vocês gostariam que eu escrevesse? Estou aberta a dissertar e discutir sobre novos temas.

Sugestões?

Abraço a todos,

Silvia Fleming

domingo, 14 de julho de 2013

As demandas por O.P. no Brasil e na Bahia - Livres Reflexões Pré e Pós Simpósio da ABOP

Nos dias 3,4 e 5 de julho foi realizado em São Paulo, o XI Simpósio de Orientação Vocacional Ocupacional. Antes de ir ao evento, eu já estava maturando algumas ideias para compartilhar com vocês, mas não tive tempo de escrevê-las a tempo de viajar. Que bom!
 Eu já estava a pensar sobre os efeitos da adesão completa da UFBA  (Universidade Federal da Bahia) ao SISU (Sistema de Seleção Unificada), adotando o resultado do ENEM como exclusiva forma de ingresso às concorridíssimas vagas da universidade.  Meus pensamentos sobre isso me levavam (confesso!) a perceber esta mudança como uma ampliação do período de oferta de serviços de O.P. ao longo do ano. Continuo a pensar assim.  Vejam bem: sob a lógica do vestibular, o estudante tinha que fazer a escolha profissional até agosto/setembro. Com a adesão ao SISU, agora, o estudante baiano poderá protelar esta escolha por mais alguns meses.  Isso significa que, nós, Orientadores Profissionais da região, ganharemos mais 3 meses de possibilidade de trabalho. Alguém pode estar pensando: mas que benefício isso traz ao estudante? Eu ainda não estou discutindo os benefícios/malefícios para o estudante, ok? O que estou vendo é que se antes nosso trabalho era sazonal, com picos em junho/julho, hoje, poderemos ter demanda pelo trabalho por mais alguns meses. Antes de ir ao Simpósio eu estava pensando apenas sobre esse lado da questão...
Outro ponto estava passando pela minha cabeça antes de desembarcar na terra da garoa. Ao abrir a programação no site da ABOP - www.abopbrasil.org.br, uma coisa me chamou atenção: a quantidade de trabalhos (pesquisas, relatos de experiências e mesa-redonda) sobre universitários. Tradicionalmente, os trabalhos de O.P. tratam da escolha realizada no Ensino Médio, mas em 2013, isso foi diferente. Apesar da surpresa, mantive-me cautelosa em escrever sobre isso, pois poderia ser algum viés perceptivo da minha parte. Afinal de contas, eu trabalho com e pesquiso sobre universitários. Enfim, poderia ser desejo gerando ilusão. Contudo, na cerimônia de abertura do evento, a Profa. Maria Conceição Uvaldo[1], nos presenteou com uma valiosa informação: 25% dos trabalhos inscritos versavam sobre universitários. Uau! Eu estava certa.
O que isso significa?
O que isso tem a ver com o SISU?
É sobre essas relações que quero falar com vocês.
No Brasil, é inegável o aumento do acesso ao nível superior de educação. O governo federal tem investido bastante na democratização do acesso: aumento do número de vagas nas IES públicas, sistema de cotas, bolsa e financiamento para estudantes de IES privadas. Contudo, segundo Taveira (2000), isso não significa aumento do SUCESSO na educação superior. Existem vários estudos brasileiros (Ghizoni e Teles, 2006)  e internacionais (Kuh et al.,2006; Terenzini e Reason,2005) que apontam inúmeras dificuldades do estudante universitário em se adaptar e permanecer no ensino superior.  Somada às dificuldades de adaptação a um novo sistema de aprendizagem e avaliação, boa parte desses jovens têm realizado escolhas profissionais de baixa qualidade; sem exploração prévia adequada sobre si mesmo e sobre a realidade do mundo do trabalho. Resultado: evasão.
Diante desse quadro , o que vocês acreditam que irá acontecer com as escolhas desses jovens? Antes (até o ano anterior), os jovens baianos escolhiam suas profissões, em seguida as IES que gostariam de cursar e então, eram submetidos ao processo seletivo. Agora, eles escolhem a profissão (se quiserem), fazem o processo seletivo (prova do ENEM) e depois escolhem curso e IES.  Acredito que isso vai acabar fortalecendo um critério de escolha frágil: escolho a profissão que eu tiver mais ponto pra passar.  Sei que o SISU já é adotado por IES públicas de outros Estados. Alguém sabe me dizer qual foi o impacto disso? É por essas e outras questões que crescem o número de pesquisas sobre escolhas profissionais no Ensino Superior...
É bom esclarecer que não estou criticando o SISU ou estou com saudade do velho vestibular da UFBA. Estou apenas pensando sobre os efeitos das políticas públicas sobre o indivíduo que escolhe. Aumenta a responsabilidade das escolas de ensino médio. Aumentam as preocupações de quem trabalha no ensino superior.
Aumentam os temas de pesquisa na área. Quem se habilita? Próximo Simpósio da ABOP será em 2015. Já dá pra apresentar alguma coisa...

Abraços a todos!

Referências
Ghizoni, L. D. & Teles, M. M. R. (2005). Escolha e re-escolha profissional: um estudo sobre estudantes universitários noturnos. Em: M. C. P. Lassance, A. C. Paradiso, M. P. Bardagi, M. Sparta & S. L. Frischenbruder (orgs.), Intervenção e compromisso social – Orientação profissional teoria e técnica vol 2 São Paulo: Vetor, 229-301.
Kuh, G.D., Kinzie, J., Bridges, B.K. & Hayek, J.C. (2006) What matters to student success: A Review of the literature. Commissioned Report for the National Symposium on Postsecondary Student Success: Spearheading a Dialog on Student Success
Reason, R.D., Terenzini, P.T., Domingo, R.J. First things First: Developing academic competences in the first year of college. Research in Higher Education, 47 (2), 149-175.
Taveira, M. do C. (2000) Apoio psicossocial na transição para o ensino superior: Um modelo integrado de serviços. In Soares, A.P., Osório, A., Capela, J.V., Almeida, L.S., Vasconcelos, R.M. & Caíres, S.M. (org.) Transição para o Ensino Superior, Braga: Universidade do Minho.





[1] Presidente da ABOP - Gestão 2011 - 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

DICA DE FILME PARA O FIM DO FERIADO

CURVAS DA VIDA

Oi gente! Aqui no Nordeste, comemoramos o São João na virada do dia 23/06 para o dia 24/06. Que tal assistir um filminho para descansar das festas juninas? 

Minha dica é o filme CURVAS DA VIDA, estrelado por Clin Eastwood, Justin Timberlake e Amy Adams. Este filme conta a história de um dos melhores olheiros de beisebol, Gus Lobel (Clint Eastwood), que está ficando cego de um dos olhos e, por isso, teria que deixar a carreira de lado e se aposentar. Para ajudá-lo a lidar com a situação, sua filha Mickey (Amy Adams), resolve acompanhá-lo em um torneio de beisebol e arrisca perder uma grande oportunidade profissional. No meio do caminho eles encontram Jhonny (Justin Timberlake), um ex-jogador de beisebol, que busca se firmar em nova carreira. O filme é bonito, interessante e representa para nós, Orientadores Profissionais e de Carreira, uma excelente oportunidade para refletir sobre os diversos caminhos que  levam as pessoas às escolhas de carreira. O filme é capaz de mostrar três histórias de carreiras distintas dentro de uma envolvente trama de drama e emoção. Recomendo!



Assista agora. Clique Aqui

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Perfil Profissional - Existe um perfil ideal?

De tempos em tempos sou convidada a dar entrevistas e palestras sobre o PERFIL DO PROFISSIONAL ATUAL. Gosto de falar sobre o assunto, mas o faço com muito receio:
Receio de criar um rótulo estanque do perfil, como se fosse fórmula de remédio ou receita de poção mágica. Receio de dar a entender às pessoas que elas devem ser de determinada forma e, caso não sejam, estarão alijadas definitivamente do mercado e
receio que as pessoas sigam à risca o que falo ou escrevo sobre isso sem analisar criticamente.

Receios à parte e avisos dados, vamos ao que interessa.   

Como todo mundo sabe, o mundo do trabalho, e aí estou falando de relações, atividades, carga, postos.., vem sendo diretamente afetado pelos extraordinários avanços tecnológicos e pela, consequente globalização. O avanço tecnológico afeta intensamente profissionais das áreas de T.I. e ciências médicas, pois exige do profissional atenção constante às mudanças e novidades e rápida capacidade de atualização. Os profissionais das ciências humanas são afetados com menos intensidade e em um timing mais lento, mas, inevitavelmente serão tocados pelas mãos da tecnologia de ponta em seus postos de trabalho (Graças a Deus!). A famigerada globalização tem nos trazido novas formas de nos relacionar com o trabalho e com as empresas, dividindo as unidades de produção, desterritorializando as organizações. 

De que maneira isso tudo impacta no perfil profissional requerido pelas empresas? 

Depende. Depende do país que você está, do segmento que está inserido, da empresa que você trabalha e de qual cargo você ocupa. Sim...depende disso tudo mesmo. Essa ideia de perfil profissional perfeito é um belo engodo vendido não sei por quem e que só tem uma função: fazer a gente se sentir péssimo por não conseguir ser metade daquilo que é pregado como ideal.

O que existe são PERFIS adequados para ocupar determinados cargos em algumas empresas em determinado momento. Iiih..quantas variáveis! Tá ficando difícil! Na verdade, não é difícil, mas é preciso pensar um pouco. Vamos lá? Tentarei ajudar:

Utilizarei como base a definição mais comum de competência, que pode ser resumida na figura abaixo:


De maneira livre, podemos dizer que competente é o profissional que consegue mobilizar os conhecimentos (saber) que possui,utilizando as suas habilidades (saber fazer) e atuando (fazer) no momento adequado.Assim, se você quer saber qual é o perfil profissional requerido para sua área, procure identificar esses três pontos:
1. CONHECIMENTOS (SABER) - quais são os conhecimentos requeridos na sua área? Você detém esses conhecimentos ou precisa se qualificar? Este ponto se refere àqueles conhecimentos que a gente adquire de maneira formal, através de cursos, leituras e estudos.
2. HABILIDADES (SABER FAZER) -  além de dominar os conteúdos teóricos, você sabe fazer? Avalie quais habilidades são requeridas ao cargo que você pretende alcançar. Lembre-se que não se trata apenas de habilidades técnicas; neste ponto, você deve avaliar habilidades sociais e cognitivas também.
3. ATITUDE (FAZER) - Como é o seu repertório comportamental? Processos seletivos modernos utilizam entrevistas por competências. Isso significa que o selecionador buscará identificar se você possui em sua história profissional, as atitudes que eles esperam de seus profissionais, requerendo que você relate FATOS das sua história. Quais atitudes você tem adotado em seu trabalho?

Então, se você quer saber qual é o perfil ideal, pesquise e reflita profundamente sobre as características da área que você pretende atuar. Desculpe se te decepcionei, mas não tenho como dar um perfil ideal. Ter sucesso profissional dá trabalho. Literalmente. Mãos à obra!

Sil Cavalcanti Fleming

*Em maio de 2013 dei uma palestra sobre esse tema para um grupo de universitários. Falei sobre diferenças entre os perfis de empreendedor, empregados e funcionários públicos. Se quiser conferir, acesse meu perfil no Slideshare, através do link http://www.slideshare.net/scavalcantifleming/o-perfil-do-profissional-no-atual-mundo-do-trabalho

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ganhar dinheiro ou fazer o que gosta?

 Eu trabalho com Orientação Profissional há 08 anos. Iniciei minha carreira atendendo jovens adolescentes de classe média, indecisos sobre o rumo que dar à vida. Muitos já sabiam o que queriam, mas não "podiam" admitir aos pais, que tanto investiram em sua educação. Outros estavam completamente perdidos, emaranhados nas milhares de opções profissionais, ávidos para se lançarem ao mundo, mas amedrontados demais para fazer isso sozinhos. E então, eles buscavam a mim. Os "perdidos", quando permitiam aprofundar um pouco mais o conhecimento que tinham de si mesmos, "achavam-se" rapidamente e o brilho resplandecia nos olhos. Contudo,os olhos dos membros de um outro grupo, que ainda não mencionei, demoravam mais a brilhar.Esses me preocupam mais. Eram aqueles que chegavam até mim, assim: "Olha Silvia, eu vim te procurar porque não sei o que fazer da vida. O que eu gosto, não dá dinheiro e o que dá dinheiro, eu não gosto." 

Quantas vezes ouvi isso! Se você é Orientador deve estar concordando comigo, relembrando dos jovens aflitos que passaram por você. Se você é um desses jovens, deve estar rindo, se vendo dizer as mesmas coisas; e se você é um adulto que já passou por isso, deve estar refletindo: Qual escolha eu fiz? O que gosto ou o que dá dinheiro? 

Hoje, eu quero falar com vocês três: Orientadores, jovens e adultos. Quero falar da importância do dinheiro e do mercado de trabalho nas escolhas profissionais. Qual peso o mercado tem?

No início da minha carreira, se um jovem chegava pra mim, falando que estava em busca de uma opção rentável e que depois que ganhasse dinheiro, ele faria o que gosta, eu ficava revoltada internamente. Achava um absurdo e, praticamente, despachava o sujeito.  Com o tempo e com a experiência, percebi que ninguém procura um Orientador, especialmente se ele é psicólogo, para saber o que dá mais dinheiro. Se é para isso, acessa as revistas econômicas, pesquisa sites de indicadores governamentais e pronto. Mais rápido, efetivo e barato. Mas a pessoa que nos procura, a despeito do discurso financeiramente coerente, quer mais. Muito mais. Quando eu, Orientadora, verdadeiramente me dei conta disso, comecei a lançar o convite: Ganhar dinheiro é muito bom, mas ganhar dinheiro fazendo o que gosta é melhor ainda. Já pensou nisso? 

A partir daí, colocávamos o mercado de trabalho e o retorno financeiro em seu devido lugar. Quer saber qual? Vou lhes falar:
  • Mercado de trabalho, atualmente, muda constantemente. Quem lembra como estavam os Engenheiros Civis há pouco mais de 10 anos? Estagnados, sem perspectivas e muitos, (pasmem!), desempregados. Hoje, a Engenharia Civil está "bombando"; os jovens saem empregados das universidades e esbanjam altos salários. As outras engenharias, de maneira geral, acompanham este ritmo. Mas, há alguns anos não era assim e quem garante por quanto tempo durará esta abundância? É óbvio que o Brasil tem muuuitoo o que crescer e a área de engenharia e tecnologia tem muito campo pela frente. Contudo, a próxima crise econômica ditará o ritmo deste crescimento.
  • Ganhar dinheiro depende muito mais de perfil do que de profissão. Ganhar dinheiro tem a ver com visão empreendedora; saber encontrar oportunidades no mundo que se apresenta. Não serei clichê em citar Silvio Santos ou o sr. Mamede Paes Mendonça, ilustres comerciantes que mudaram de vida, mas pensemos: eles se formaram em quê mesmo? Ok! Ok! Outra época. Concordo. Mas será que hoje, a competência para ganhar e gerar dinheiro é muito diferente? Do jeito que o mundo anda competitivo, profissão nenhuma é garantia de sucesso financeiro.
  • Mercado de trabalho é apenas uma variável a ser considerada. O mercado de trabalho deve ser monitorado, para que vejamos, dentre suas opções aquelas que fazem nossos olhos brilharem. 

Bom, eu gostaria de dizer que esse texto não é nenhum manifesto favorável à causa hippie ou apoio à vida sem dinheiro. Se você não pensa em grana e vai viver em alguma comunidade alternativa, esse texto não é para você. Sua vida está resolvida. Agora, se você pretende viver no mundo ocidental e capitalista, é com você que eu estou falando. Espero que você me compreenda. Não deixe de pensar no retorno financeiro que sua profissão e seu trabalho lhe darão; pense e batalhe por isso. Só lembre-se que mercado muda e que profissão não lhe garantirá nada. Ter o dinheiro que espera depende de você. 


Vamos considerar outro aspecto. Se você é jovem: quantas horas você imagina que passará no trabalho? Meu amigo, que já é adulto: quantas horas você passa no seu trabalho?   Com certeza, você vê mais o seu chefe do que sua esposa! Li uma vez, um texto de Rubem Alves* que dizia que escolher uma profissão por dinheiro é pior do que casar com alguém por dinheiro, pois, segundo ele, no casamento, você ainda pode escapulir e do trabalho, como vai fugir?  Para autores das teorias vocacionais, como John Holland, escolher uma ocupação adequada à sua personalidade vocacional traz satisfação e estabilidade no trabalho.  E eu acrescento: fazer algo com o que se identifique lhe dá força para acordar todas as manhãs e dizer que, apesar de todas as dificuldades, vale a pena. O importante é saber: o que vale a pena pra você? O que te mobiliza? Reconhecimento, conhecimento, ajudar as pessoas, ensinar, produzir, gerar trabalho...

Por fim, quero dizer apenas que vamos acabar com essa história de confrontar afinidade com ambição. Quem disse que devem estar separados? Quando foi, na história da humanidade, que resolveram rivalizar a afinidade (os interesses) e o dinheiro?  Acredito que o que te faz feliz te dá retorno. Sempre. E depende de você.

Se você é Orientador como eu, desejo que consiga auxiliar as pessoas a serem mais felizes com as escolhas que fazem;

Se você é adulto como eu, desejo que alcance o sucesso que almeja, sendo feliz no que realiza;

Se você é adolescente como fui, espero que realize a melhor escolha possível hoje e que tenha coragem para mudar o rumo da história se for necessário.

*Rubem Alves, Muito Cedo para Decidir.

Sil Cavalcanti Fleming

domingo, 16 de junho de 2013

Empregabilidade

Você sabe o que é Empregabilidade?



Se você acredita que empregabilidade refere-se à capacidade do trabalhador de encontrar um emprego, você está ligeiramente equivocado. Segundo Minarelli (2001), empregabilidade  tem a ver com a capacidade da pessoa de encontrar um trabalho e manter-se trabalhando! Percebe a diferença?

Trabalho é um conceito muito mais amplo do que o de emprego. De maneira geral, podemos dizer que trabalho é toda atividade legal que gera produtos ou serviços e é remunerada por sua realização. Existem várias modalidades de trabalho, como: emprego, prestação de serviço, terceirização e empreendimentos. Assim, percebe-se que o emprego é apenas uma modalidade de trabalho; caracterizada por ser uma relação hierárquica, regular e orientada entre um empregador e um empregado. A característica mais marcante do emprego, no entanto, é a de ser regida pela CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas. 
Atualmente, por conta das diversas e intensas mudanças no mundo do trabalho, os empregos têm diminuído em todo o mundo. A Europa enfrenta forte crise econômica e diminuição dos postos de emprego há alguns anos e essa é uma tendência mundial. É claro que o Brasil, por exemplo, ainda tem muito o que crescer, mas em longo prazo, passaremos por situação semelhante. Como nos prevenir disso? Aprendendo a gerar e manter TRABALHO! Enquanto o mundo for mundo e as pessoas precisarem de serviços e produtos, nunca faltará trabalho. 
O que proponho hoje, é que você pense em formas alternativas de gerar trabalho e riquezas.  Como gerar trabalho sempre? É disso que a empregabilidade fala! Segundo Minarelli (2001), a empregabilidade é sustentada em 6 pilares e se cuidarmos para fortalecê-los, teremos trabalho sempre. Confira os Pilares da Empregabilidade abaixo:

  • Adequação Vocacional - Você gosta e se identifica com o que faz? Estudos indicam que quanto maior é a identificação do sujeito com o trabalho que realiza, maior é seu comprometimento e capacidade para superar dificuldades. 
  • Competência Profissional - Além de gostar do que faz, você tem que ser bom também. Você já avaliou qual é o seu grau de proficiência em sua atividade profissional? Com a competitividade do mundo contemporâneo, é preciso atingir altos níveis de desempenho profissional. Se você avalia que pode ser melhor, corra para se qualificar. Sem competência profissional, os demais pilares não sustentarão sua empregabilidade.
  • Idoneidade - Você é confiável? Profissionais só alcançarão sucesso se forem confiáveis entre aqueles que os cercam. Comportamento ético é fundamental para geração de trabalho. Fique atento aos seus comportamentos!
  • Saúde Física e Mental - Como trabalhar sem estar bem? Para ser capaz de  produzir sempre, certifique-se e cuide de sua saúde física e mental. Cuidar da alimentação, praticar exercícios e cultivar uma vida social saudável são práticas inequívocas para boa saúde do sujeito! Pense nisso.
  • Redes de Relacionamento -  A principal ferramenta de indicação para trabalho é o chamado networking. Atualmente, contar com uma boa rede de contatos é condição fundamental para inserção e movimentação no mercado. Nesta semana, dedicaremos um post exclusivo sobre isso. Aguarde!
  • Reserva Financeira e Fontes Alternativas -  Para poder investir e/ou estar seguro no mercado de trabalho, é preciso ter reserva financeira ou mais de uma fonte de remuneração. Isso lhe dará tranquilidade para escolher os trabalhos mais interessantes e garantirá seu sustento em momentos de sufoco. Todos nós podemos gerar esta reserva, por menor que seja nossa remuneração. Para isso, basta adequarmos nosso comportamento de consumo. Se quiser saber mais sobre como economizar, recomendo a leitura dos livros de Gustavo Cerbasi, importante consultor financeiro no Brasil.
Agora que você já conhece os Pilares da Empregabilidade, está na hora de fazer uma auto-avaliação. Qual nota você se daria em cada pilar? Se a nota estiver baixa, pense em uma forma de melhorar! O importante é não ficar parado! 


No próximo post trataremos sobre o mercado de trabalho atual.

Até lá!

*Fonte: MINARELLI,A. Empregabilidade. São Paulo: Editora Gente, 2001.

Semana da Empregabilidade


Nesta semana, nossas postagens serão sobre EMPREGABILIDADE. Você sabe o que é empregabilidade? E como manter sua empregabilidade em alta? Já pensou sobre isso? Em um momento de alta competitividade no mercado de trabalho, é preciso estar antenado com o que há de mais atual sobre o assunto. Siga a gente e fique por dentro! Se gostar, indique a um amigo.